A Tropicália iniciou-se, primeiramente, na música e foi influenciado pela diversidade cultural das vanguardas artísticas do pop-rock, da poesia concreta, mesclando a cultura pop nacional e estrangeira e criando uma estética alternativa que valorizava não só as manifestações tradicionais da cultura brasileira, mas também as inovações estéticas radicais. Seus maiores representantes foram Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé. O Tropicalismo também influenciou as artes visuais, sendo Hélio Oiticica um dos seus maiores artistas. No teatro, aconteceram peças anárquicas, realizadas por dramaturgos, como José Celso Martinês Correa. O cinema foi marcado pelo Cinema Novo de Glauber Rocha.
Na década de 70 do século XX, tudo era possível, a música popular teve um movimento com tons e sons selvagens, caracterizada por uma moda e por atitudes voltadas à vida natural: flores e frutos em estampas coloridas. A Tropicália abriu espaço também para os sambas de Martinho da Vila, dos Originais do Samba e de Jair Rodrigues. Roberto Carlos passou a cantar músicas religiosas e sentimentais, como Jesus Cristo, Amada Amante, Olha, Como é grande o meu amor por você, Detalhes, etc.
Também rodava nas vitrolas o rock estrangeiro de Led Zeppelin e Pink Floyd e, ainda, músicas populares ressaltavam frases, tais como: "Eu não sou cachorro não", "Boutique dela", "Só pensa em namorar", e "Pare de tomar a pílula". Faziam sucesso Waldick Soriano, Nélson Ned, Juca Chaves e Sérgio Reis, com a música sertaneja Menino da Porteira. Nesse momento, despontaram dois grandes nomes: Raul Seixas, com a música Guita, e Ney Matogrosso, compondo o grupo Secos e Molhados. Outros nomes da época são: Vanusa, Tim Maia, Sérgio Brito, Belchior, Antônio Marcos, Clara Nunes, Elis Regina e The Fevers.
Quase no final dos anos 70, surgiu a Discoteca e os embalos de sábado à noite, que eram animados pelas Frenéticas, com Perigosas e Dancing Days, além dos grupos Bee Gees, Abba, The Carpenters entre outros.
